Ela olhou pela janela, e sentiu a gelada brisa do outono beijando suas têmporas.
Suspirou, e com esse suspiro tomou uma das decisões mais importantes de sua vida.
Acendeu seu cigarro, e chorou.
Chorou como nunca tinha chorado antes, sentiu como nunca tinha sentido antes a dor da perda.
Não da perda de alguem que morreu ou de algum amigo seu.
E sim a perda de sua conciência, de sua força.
Chorou como se não houvesse outra saída, como se não houvesse o amanhã.
Como se todos ao seu redor estivesse cercando-a.
Sem ar.
Sem espaço.
Sem tempo.
Sozinha, ao meio de tantas pessoas.
Sozinha não, está com seu copo, seu cigarro e com sua própria conciência.
- que pesa mais do que a sua dor.
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