quarta-feira, 28 de outubro de 2009

recado.

Chorar NÃO resolve, falar pouco é uma virtude, aprender a se colocar em primeiro lugar não é egoísmo e o que não mata com certeza fortalece. Ás vezes mudar é preciso, nem tudo vai ser como você quer, a vida continua. Pra qualquer escolha se segue alguma conseqüência, vontades efêmeras não valem a pena, quem faz uma vez não faz duas necessariamente, mas quem faz dez com certeza faz onze. Essa historia de que é melhor acordar arrependido do que dormir com vontade é mentira! Perdoar é nobre, esquecer é quase impossível. Nem todo mundo é tão legal assim, e de perto ninguém é normal. Quem te merece não te faz chorar, quem gosta cuida, o que está no passado tem motivos para não fazer parte do seu presente, não é preciso perder pra aprender a dar valor e os amigos ainda se contam nos dedos. Aos poucos vcê percebe o que vale a pena, o que se deve guardar pro resto da vida e o que nunca deveria ter entrado nela. Não tem como esconder a verdade, nem tem como enterrar o passado !

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

lembranças - fim

Andando pela cidade, sentiu que não fazia mais parte de tudo aquilo.
Que as pessoas se viravam muito bem sem ela, e que enfim, chegaria a hora de dizer adeus.

Percebeu o quanto foi patética, olhando fotos, chorando ao escutar musicas e lembrando de coisas ao sentir a fragrancia de um perfume.
Viu o tanto que fez, o que se arrependeu, o que se orgulhou e se deu conta que as decepções foram maiores do que o orgulho.
Na sua família sempre foi a ovelha negra, com os amigos deu decepção e com quem el amava, o único que sempre amou, não foi boa o bastante.

Chegou numa praça que ficava de frente a uma ponte, e sentou-se em um dos bancos. Acendeu outro cigarro, e tragou as mais amargas lembranças do que fez.
E como nunca antes, se sentiu sozinha.
Seu celular não tocou, ninguem deu por sua falta. Ela riu dolorosamente, dizendo pra ela mesma - eu já sabia.

Andando em direção à ponte, pisava nas poças que a chuva deixou, e sentia seu corpo caindo em meio aos soluços que seu choro causara.
Pegou o celular, mandou uma mensagem para sua amiga, olhou-se nele, e viu a cara lamentável que ela estava e decidiu acabar com tudo.
Não acabar com as amizades, com o amor.
Já estava morta por dentro.

Subiu no parapeito da ponte, e com um ultimo suspiro caiu.

E mensagem que escreveu : Me desculpe, adeus.

lembranças penultima parte

E em mais um dia, ela acordou e se olhou no espelho.
Mas não se olhou como sempre se olhara antes, ao ver a própria face, sentiu nojo de si mesma.
Não por estar repugnante, e sim por ter nojo de ser ela mesma, por sentir que mais nada fazia sentido, e como ela mesma falava, quando não faz mais sentido é porque chegou ao fim.

Resolveu fazer esse dia diferente, tratas as pessoas de uma forma legal, porque nem ela se aguentava mais. Não aguentava as prórpias manias, os próprios vicios e problemas.
Tomou banho, secou seu cabelo, mudou a cor dele, pintou as unhas, abriu a porta de casa, acendeu o cigarro e andou sozinha na rua, ao encontro de si mesma.

Mas o que esquecemos, que coisas que escutamos, abrem feridas e um cabelo pintado, sorriso no rosto, belas unhas e um belo corpo, não mudam tudo o que já foi escutado e o que foi vivido, não muda a coisa feia que você se tornou em anos.
E ela quis mudar, não queria que sua alma se tornasse algo cinza e fria, alguem repugnante para as outras pessoas, principalmente pra quem ela mais amava.
Mas certas coisas acontecem e ela não pode acompanhar o andamento dos fatos.

Pessoas mudam, gostam um dia, odeiam no outro.
O amor se perde e ela mais uma vez se sentiu descartada do baralho, como se ela fosse o coringa esquecido embaixo da manga.

Começa a chover, e ao contrario das pessoas que estão correndo da chuva, ela ainda anda calmamente, como se a chuva fosse uma grande amiga. Suas lágrimas se misturam com as gotas que cairam do céu.
Mais uma vez, ela se encontra sem saída, sem um abrigo, sem alguém.
E decide que essa seria a última vez, que tudo seria terminado.