quarta-feira, 7 de outubro de 2009

lembranças penultima parte

E em mais um dia, ela acordou e se olhou no espelho.
Mas não se olhou como sempre se olhara antes, ao ver a própria face, sentiu nojo de si mesma.
Não por estar repugnante, e sim por ter nojo de ser ela mesma, por sentir que mais nada fazia sentido, e como ela mesma falava, quando não faz mais sentido é porque chegou ao fim.

Resolveu fazer esse dia diferente, tratas as pessoas de uma forma legal, porque nem ela se aguentava mais. Não aguentava as prórpias manias, os próprios vicios e problemas.
Tomou banho, secou seu cabelo, mudou a cor dele, pintou as unhas, abriu a porta de casa, acendeu o cigarro e andou sozinha na rua, ao encontro de si mesma.

Mas o que esquecemos, que coisas que escutamos, abrem feridas e um cabelo pintado, sorriso no rosto, belas unhas e um belo corpo, não mudam tudo o que já foi escutado e o que foi vivido, não muda a coisa feia que você se tornou em anos.
E ela quis mudar, não queria que sua alma se tornasse algo cinza e fria, alguem repugnante para as outras pessoas, principalmente pra quem ela mais amava.
Mas certas coisas acontecem e ela não pode acompanhar o andamento dos fatos.

Pessoas mudam, gostam um dia, odeiam no outro.
O amor se perde e ela mais uma vez se sentiu descartada do baralho, como se ela fosse o coringa esquecido embaixo da manga.

Começa a chover, e ao contrario das pessoas que estão correndo da chuva, ela ainda anda calmamente, como se a chuva fosse uma grande amiga. Suas lágrimas se misturam com as gotas que cairam do céu.
Mais uma vez, ela se encontra sem saída, sem um abrigo, sem alguém.
E decide que essa seria a última vez, que tudo seria terminado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário