quarta-feira, 7 de outubro de 2009

lembranças - fim

Andando pela cidade, sentiu que não fazia mais parte de tudo aquilo.
Que as pessoas se viravam muito bem sem ela, e que enfim, chegaria a hora de dizer adeus.

Percebeu o quanto foi patética, olhando fotos, chorando ao escutar musicas e lembrando de coisas ao sentir a fragrancia de um perfume.
Viu o tanto que fez, o que se arrependeu, o que se orgulhou e se deu conta que as decepções foram maiores do que o orgulho.
Na sua família sempre foi a ovelha negra, com os amigos deu decepção e com quem el amava, o único que sempre amou, não foi boa o bastante.

Chegou numa praça que ficava de frente a uma ponte, e sentou-se em um dos bancos. Acendeu outro cigarro, e tragou as mais amargas lembranças do que fez.
E como nunca antes, se sentiu sozinha.
Seu celular não tocou, ninguem deu por sua falta. Ela riu dolorosamente, dizendo pra ela mesma - eu já sabia.

Andando em direção à ponte, pisava nas poças que a chuva deixou, e sentia seu corpo caindo em meio aos soluços que seu choro causara.
Pegou o celular, mandou uma mensagem para sua amiga, olhou-se nele, e viu a cara lamentável que ela estava e decidiu acabar com tudo.
Não acabar com as amizades, com o amor.
Já estava morta por dentro.

Subiu no parapeito da ponte, e com um ultimo suspiro caiu.

E mensagem que escreveu : Me desculpe, adeus.

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