terça-feira, 25 de agosto de 2009

III

Acendeu o cigarro.
E junto com todas aquelas substancias, tragou sua solidão.

Que consiste em suas tardes ouvindo música sozinha e acordando ao lado de ninguém .
E ela pensa - as coisas não são como eram antes .

Com toda a certeza não, muitas pessoas se foram, algumas ainda irão.
Mas existem aquelas que não podem ir, a amiga e seu amigo oculto.
Ela o chama assim, porque ela o ama e tem medo de perde-lo, por ele ser seu amigo.

R. sua amiga-irmã, é aquela que liga sempre, a que anima, que enxuga as lágrimas de seu rosto e dá o melhor abraço que alguém poderia receber.
Já o seu amigo oculto, é o amigo que ela sempre quis, tudo o que ela sempre sonhou.
Mas é secretamente tudo isso, pois o medo dela é que ele vire mais uma lembrança dolorosa em seu diário.

Foi até a cozinha pegar um pouco de café, sentou -se na varanda e olhou para o céu.
Era um dia nublado, estava frio, do jeito que ela mais gostava.

Um dia frio, como aquele dia tenso de novembro.
Ela se lembra, e ele ?

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