terça-feira, 25 de agosto de 2009

lembranças II

E ela acordou.
Daquele sonho que parecia nunca acabar.
Mas o sonho que ela tem de acordar é o mais difícil.
É aquele que se vive, o que ilude.


Colocou as mãos no rosto, pensando como seria mais um dia sem ver o rosto de quem ela quer tanto ver.
Imaginando como seria se estivesse por perto, como seria o simples bom dia ou tchau no final na tarde.
Lembrou-se que as lembranças são difíceis e doloridas.
De como dói lembrar do que passou e saber, sentir que não voltarão mais.

Sentou-se na cama, pegou o diário e começou a rabiscar as memórias que não tinha escrito no devido dia, por esquecimento ou por euforia.
Videou algumas páginas do começo do ano, viu fotos, pensamentos e frases e pensou - amadureci tanto assim em menos de um ano ?

Mas percebeu que tem coisas que não são escritas, que são sentimentos momentânios.
Como a lágrima que escorreu ao pensar que tudo daria errado, ao pensar que todos iriam embora.
E por fim sorriu, porque viu que estava nas primeiras páginas de um ano que estava a se passar, e, como de costume lembrou-se que tudo estava apenas começando e que literalmente aqui se tornou apenas mais uma página virada de seu velho diário.

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